Ela olhou novamente para a
criança, hesitante em deixá-la sozinha, mas a praticidade venceu. O portal que
a trouxe até este mundo estava fechado, assim não podia voltar. Ainda não. E
que não estivesse enlouquecida com isso mostrava o quanto estava danificada.
Por que... Não importa o
quanto surreal fosse a situação, no momento em que atravessara o espelho sua
alma sussurrara Lar. E a cada segundo
que passava crescia nela a sensação de que este mundo, que vira em seus
pesadelos desde sua infância, era mais real do que tudo o que havia vivido. O
que significava que não tinha muito tempo.
Correndo rapidamente até a
vila ela evitou ao máximo olhar para o sangue e a morte, sabiamente adotando o
“longe dos olhos, longe do coração” e invadiu sem pudor as casas destruídas. Em
uma conseguiu uma mochila num material semelhante à lona e cobertores, em outra
uma refeição havia queimado em um rústico fogão, mas havia pão e frutas sobre a
mesa. Ela entrou em casa após casa, roubando sem pudor o que precisava,
ignorando sua consciência que apontava o erro disso. Afinal, uma garota tinha que viver, certo?
Sofia Coppola aprovaria totalmente essa filosofia. Não era como se estivesse
assaltando o closet da Paris Hilton. Espera! Apague isso. Sofia aprovaria
totalmente que assaltasse o closet da Paris, e havia Bling Ring para provar
essa afirmação.
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